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A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) confirmou em 12 de setembro de 2025, a ocorrência de um foco de raiva animal no município de Campo Novo de Rondônia, após resultado laboratorial positivo. Até o momento, foram registrados três bovinos doentes e mortos, todos com idade superior a 36 meses.

A atuação das equipes da Idaron é imediata dando início às medidas emergenciais de controle do foco, que incluem visitas às propriedades num raio de até 12 km, orientando os produtores quanto à necessidade de vacinação do rebanho (de bovinos, bubalinos, equídeos ovinos e caprinos) caso ainda não tenham recebido a vacina contra a raiva. Lembrando que aqueles animais que estão tomando a vacina pela primeira vez, devem tomar uma segunda dose como reforço com cerca de 4 semanas após a primeira, depois, basta aplicar uma dose anualmente.

Também são verificadas mordidas de morcegos hematófagos (Desmodus rotundus) no rebanho e busca por abrigos desses animais. Além das ações em campo, a Idaron promove campanhas educativas em rádios, lojas agropecuárias, associações rurais e escolas, sobre a importância da comunicação de casos suspeita da doença e da situação da imunização do rebanho com vacinação anual. Também é orientado, caso o produtor encontre algum animal com suspeita de raiva, não deve tocar ou manipular esse animal, e comunicar imediatamente a Idaron.

Área de abrangência

As ações abrangem uma área de até 12 km ao redor do foco, envolvendo propriedades rurais nos municípios de Campo Novo de Rondônia, Monte Negro e Governador Jorge Teixeira. As equipes da Idaron já iniciaram as avaliações epidemiológicas e a execução imediata das medidas de controle e bloqueio do foco.

Histórico e sinais clínicos

O comunicado do animal doente foi recebido pela Idaron em 04 de setembro, logo após relato do produtor, e o primeiro atendimento ocorreu no mesmo dia. Uma equipe da Idaron coletou amostra do sistema nervoso central do animal para análise em um laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Também foram relatados ataques frequentes de morcegos hematófagos em bovinos e equídeos nessa propriedade. Em investigação em propriedade vizinha, foram identificados óbitos de bezerros com sinais neurológicos semelhantes, dando a suspeita de ter sido raiva também.

Medidas de controle

A Idaron reforça que as ações de vacinação no rebanho, monitoramento epidemiológico, orientação a produtores e controle de morcegos hematófagos, estão em andamento. Além disso, alerta que a raiva é uma zoonose que não tem cura e é fatal, que coloca em risco não apenas a pecuária, mas também a saúde humana devido ao contato com animais doentes. “Por isso, é importante que o produtor realize a vacinação anual do seu rebanho”, destaca Ney Azevedo, coordenador do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros Domésticos.

Um alerta importante

Para que não haja grandes perdas, é importante que o produtor mantenha seu rebanho vacinado contra a raiva, e comunique rapidamente à Idaron a existência de animais com sintomas dessa doença, para que a Idaron atue rapidamente e assim evite que outros animais adoeçam e, comunique também a existência de mordeduras de morcegos nos animais, para que sejam adotadas medidas de controle pela Idaron.

Fique atento aos sinais clínicos da doença. Se o animal apresentar isolado do resto do rebanho, babando, com andar cambaleante, dificuldade para levantar e andar, paralisia das pernas e ficar caído, isso pode ser raiva. E, atenção: Não toque no animal! Avise imediatamente a Idaron.

Vale ressaltar que o atendimento da Idaron aos animais suspeitos e os exames laboratoriais, não geram custos ao produtor rural e que a identificação de foco na propriedade não acarreta punições ao produtor, como também não há interdição da propriedade ou sacrifício do rebanho.