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Cacoal, 11 de agosto de 2025 – Em entrevista ao Cacoal Notícias, a Secretária de Estado da Educação, Ana Lúcia Pacini, destacou as ações do Governo de Rondônia para tentar encerrar a paralisação da rede estadual de ensino, iniciada em 6 de agosto, após deliberação do Sintero e demais sindicatos da categoria.

Ana Lúcia afirmou que a gestão estadual mantém a postura de portas abertas para o diálogo.

"Nunca essa porta se fechou. O nosso governador, coronel Marcos Rocha, tem uma sensibilidade muito grande com a educação e está sempre preocupado com a valorização dos profissionais", ressaltou.

Segundo a secretária, as demandas apresentadas incluem aumento do auxílio-alimentação, auxílio-transporte, reajuste na gratificação por titularidade e melhorias nas condições de trabalho.

"Reconhecemos a luta legítima da categoria. Eu também sou professora e sei que essa valorização é fundamental para a sociedade de Rondônia", disse.

Ela lembrou que, em 2024, houve reajuste de 110% na gratificação de docência — de R$ 620 para R$ 1.300 — e aumento de quase 300% para os técnicos, que passaram de R$ 126 para R$ 500.
Este ano, o auxílio-alimentação foi equiparado a R$ 500 para todos, e o governo propôs auxílio-transporte de R$ 200 para servidores com salários de até quatro mínimos.

Ana Lúcia explicou que alguns pleitos não puderam ser atendidos por restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal e determinação do Tribunal de Contas contra o chamado “efeito cascata”.

"Gostaríamos de fazer mais, mas temos que ter responsabilidade para não comprometer o pagamento futuro dos servidores", afirmou.

Como alternativa, o governo propôs o pagamento de um bônus anual e a regularização de dez dias de recesso para técnicos no meio do ano. Também está previsto um concurso público unificado para professores e técnicos ainda em 2025, com contratações a partir de 2026.

A secretária ressaltou que Rondônia está entre os seis estados com melhor desempenho educacional do país.

"Isso é graças ao trabalho de professores e técnicos comprometidos. Entre 2019 e 2025, conseguimos uma valorização acumulada de aproximadamente 105%, frente a uma inflação de 39%", destacou.

O governo busca encerrar a greve antes que afete o Enem e avaliações nacionais como o Saeb, essenciais para o planejamento e a melhoria da educação.

"A paralisação só é válida quando todas as possibilidades de negociação se esgotam, e esse não é o caso. Seguimos dialogando para chegar a um acordo", concluiu Ana Lúcia.

A próxima reunião entre governo e sindicatos está marcada para esta quarta-feira (13). Caso não haja consenso, o governo estuda medidas legais para garantir o funcionamento das escolas.