VejaRO

A avicultura de corte é uma das bases do agronegócio rondoniense, e em Rolim de Moura, o produtor João Paulo Silva Carneiro é um dos protagonistas desse setor. À frente do Sítio Bela Vista, ele administra uma estrutura moderna com quatro aviários automatizados, cada um com capacidade para 35 mil aves por ciclo — totalizando uma média de 140 mil frangos a cada 60 dias.

A produção é feita em sistema de integração com o Grupo Café Norte (Globo Aves), que fornece os pintinhos, insumos e acompanhamento técnico. A tecnologia é aliada indispensável: temperatura, ração, água e iluminação são controlados por painéis automatizados que funcionam 24 horas.

Apesar disso, a mão de obra humana é essencial. João Paulo conta com famílias residentes na propriedade, cuidando de cada núcleo. O investimento inicial é alto — cerca de R$ 3 milhões para um núcleo com dois aviários — e o custo operacional também é elevado, com destaque para a conta de energia elétrica, que pode ultrapassar R$ 10 mil por mês. Para aliviar, a energia solar tem se tornado uma aliada estratégica.

Outro desafio relatado são as quedas de energia, que podem gerar perdas significativas. Em um episódio recente, uma falha elétrica causou a morte de 15 mil aves. Para evitar novas perdas, João Paulo mantém geradores a gás e segue rigorosas normas de biossegurança.

Mesmo com as dificuldades, a avicultura em Rondônia é promissora. A maior parte do frango produzido abastece o mercado local e parte de Manaus. Com foco em planejamento, gestão e sanidade, João Paulo aposta na expansão do setor e no fortalecimento de políticas públicas para baratear os custos de novos investimentos.