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Polícia Federal deflagra Operação Espelho de Papel para combater fraudes em consignações envolvendo o SAAE de Cacoal
Ação investiga falsificação documental, estelionato, associação criminosa e lavagem de capitais; prejuízo pode superar R$ 1,2 milhão.

Por Redação
Publicado Ontem, às 10h
Atualizado Ontem, às 10h
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Foto: Assessoria

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 26 de novembro, a Operação Espelho de Papel, destinada a desarticular um esquema de fraudes em contratos de empréstimos consignados firmados por meio de convênio entre o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Cacoal e a Caixa Econômica Federal. Os contratos eram destinados exclusivamente a servidores da autarquia, mas teriam sido utilizados de forma irregular para obtenção de crédito mediante fraude documental.

De acordo com a PF, as investigações tiveram início após comunicação da instituição financeira apontando indícios de irregularidades em nove contratos assinados entre setembro e novembro de 2022.

Entre os elementos levantados estão suspeitas de falsificação de documentos públicos, simulação de vínculos funcionais e uso de dados falsos para que terceiros se passassem por servidores do SAAE. Com isso, margens consignáveis teriam sido liberadas de forma indevida, possibilitando a contratação dos empréstimos.

As operações de liberação ocorreram em agências bancárias no Distrito Federal, embora os contratantes residissem em municípios de Rondônia — cenário que reforçou o alerta para possíveis fraudes estruturadas.

Segundo a Polícia Federal, o esquema envolvia a manipulação irregular de dados em sistemas de consignação, movimentações financeiras atípicas e repasses a terceiros. O prejuízo estimado supera R$ 1,2 milhão, valor que teria sido desviado mediante as operações fraudulentas.
Ao todo, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em Porto Velho, Cacoal, Vilhena e Sorocaba (SP). Também houve determinação judicial de sequestro de bens que totalizam R$ 1.291.644,71, expedidos pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Rondônia.

A Polícia Federal informou que as investigações seguem em curso para identificar todos os envolvidos, apurar a participação de possíveis intermediários e aprofundar análise dos fluxos financeiros utilizados na fraude.

Fonte: Assessoria