Entre os dias 26 e 28 de abril, a zona rural de Machadinho do Oeste foi palco de um violento conflito que exigiu uma ampla mobilização das forças de segurança pública de Rondônia. O episódio teve início após uma emboscada contra trabalhadores na Fazenda Boa Vista, atribuída a indivíduos ligados a um movimento agrário. O ataque resultou em feridos e no desaparecimento de um dos funcionários da propriedade, que foi resgatado com vida dois dias depois.

O alerta foi feito no sábado, 26, quando a Polícia Militar foi acionada por moradores que relataram troca de tiros na propriedade. Um dos trabalhadores foi atingido nas costas e levado ao hospital com ferimentos leves.

A gravidade da situação levou ao envio de reforços especializados de Porto Velho, Jaru e Ariquemes, além do envolvimento da Polícia Civil e da perícia criminal. A operação exigiu planejamento logístico devido à localização remota da fazenda.

Relatos apontam que cerca de 14 trabalhadores estavam na fazenda no momento do ataque. Encapuzados, os suspeitos abriram fogo, atingindo dois trabalhadores e forçando os demais a se dispersarem pela mata. Um deles não foi localizado, sendo considerado desaparecido.

As buscas se intensificaram no domingo, 27, com a chegada de helicóptero e cães farejadores. Somente na manhã da segunda-feira, 28, o trabalhador desaparecido foi encontrado com sinais de desnutrição e ferimentos. Ele foi levado ao hospital sob escolta da polícia.

Mesmo após o resgate, as forças de segurança permanecem na região. A medida visa prevenir novos episódios de violência e assegurar a ordem na área rural.

O secretário de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania, Felipe Vital, destacou a pronta resposta das instituições. “Determinamos uma resposta rápida e enérgica, com a mobilização de todas as forças necessárias para garantir a segurança da população e evitar a escalada de violência”, afirmou, reiterando o compromisso do governo estadual com a ordem pública.

A Polícia Civil segue à frente das investigações, reunindo provas e ouvindo testemunhas para identificar os responsáveis pela emboscada e elucidar os motivos do ataque.