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APRON alerta sobre projeto e lei que ameaça competitividade da pecuária e penaliza produtor de Rondônia
Projeto em debate no Congresso cria incertezas e ameaça reduzir a competitividade da pecuária brasileira

Publicado Há 4 h
Atualizado Há 4 h
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Foto: Assessoria

A Associação dos Pecuaristas de Rondônia (APRON) se posicionou de forma contundente contra o Projeto de Lei 2.627/2025, que tramita no Congresso Nacional e prevê a restrição progressiva até o banimento da exportação de gado vivo. Para a entidade, a medida traz graves riscos à competitividade da pecuária rondoniense, ampliando o poder dos frigoríficos e retirando autonomia dos produtores.


Segundo o presidente da APRON, Adélio Barofaldi, o projeto pode gerar prejuízos bilionários e reduzir o poder de barganha do pecuarista.


“A exportação de gado vivo é uma alternativa estratégica que equilibra o mercado e dá autonomia ao produtor. Se essa opção for retirada, o pecuarista de Rondônia ficará à mercê da concentração de mercado, recebendo menos pela arroba e sem poder de negociação”, afirmou Barofaldi.


Risco de concentração e perda de renda
Dados da própria APRON indicam que a diferença de preço da arroba entre Rondônia e estados como Mato Grosso e São Paulo já representa perdas de mais de R$ 3 bilhões ao ano. Sem a alternativa do “boi vivo”, a tendência é que o desconto sobre a arroba no estado aumente ainda mais.


Adélio destaca que a medida, embora justificada com alegações de bem-estar animal, não traz garantias reais nesse sentido:


“O transporte de animais vivos já é fiscalizado pelo MAPA, com regras rígidas de alimentação, descanso e acompanhamento veterinário. Os próprios importadores não têm interesse em receber animais em más condições. O que precisamos é aperfeiçoar a fiscalização, não proibir uma alternativa legítima de mercado”, reforçou.


Nota da UNAPEC: posição nacional contra o PL
A APRON integra a União Nacional da Pecuária (UNAPEC), que reúne entidades de vários estados e divulgou nota oficial alertando para os riscos do PL 2.627/25.


“A exportação de gado em pé não é um problema para o Brasil. Pelo contrário: é uma oportunidade de ampliar mercados, fortalecer o produtor e dar competitividade à pecuária. O que está em jogo é o direito do pecuarista de escolher a quem vender sua mercadoria”, diz o documento.


Rondônia na linha de frente do debate
Com rebanho de mais de 18 milhões de cabeças e forte tradição pecuária, Rondônia é um dos estados mais impactados pelo tema. Para Barofaldi, é essencial que o Congresso Nacional ouça a voz do produtor rural antes de aprovar medidas que afetam diretamente a economia de regiões inteiras.


“Não podemos aceitar que uma pauta ideológica enfraqueça a pecuária de Rondônia. Estamos unidos para defender o produtor e buscar alternativas que valorizem nossa produção, respeitando o bem-estar animal sem sacrificar a competitividade”, concluiu o presidente da APRON.


Sobre a Associação dos Pecuaristas de Rondônia
A APRON é a voz legítima da pecuária rondoniense, criada para representar, defender e fortalecer os interesses de quem vive da atividade no estado. A entidade tem se destacado pela criação de comissões temáticas voltadas para regularização fundiária e ambiental, segurança rural, rastreabilidade bovina, crédito rural, leite e valorização da arroba. A APRON fortalece a representatividade política da pecuária com a integração à UNAPEC – União Nacional da Pecuária, além de manter atuação ativa junto à FAPERON, CNA e Assembleia Legislativa, defendendo os interesses e a sustentabilidade da pecuária rondoniense.
 

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Fonte: Assessoria