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Resultado preliminar de um laudo cadavérico apontou que o menor de 14 anos matou os pais e o irmão de 3 anos com tiros na cabeça. Eles foram mortos em um dos quartos da casa onde moravam, em Itaperuna, Rio de Janeiro.

Conforme informado pelo jornal O Globo, os pais estavam em um sono profundo quando foram baleados. Segundo o menor disse em depoimento, as vítimas teriam ingerido um remédio para dormir.

Na hora de atirar, o menor envolveu a arma com uma fronha para não deixar marcas das suas digitais. Após matar a família, ele mandou foto dos corpos na cama para a menor de 15 anos, natural de Água Boa (630 km de Cuiabá), com quem mantinha um namoro virtual. 

Ainda segundo o O Globo, a Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se um jogo virtual, com enredo sobre irmãos que mantinham uma relação incestuosa e matavam os próprios pais, pode ter influenciado o menor a matar a família.

Carlos Augusto Guimarães da Silva, delegado de Itaperuna, responsável pelo caso, informou que os menores se identificavam com este jogo.

Em depoimento à polícia, o menor contou que planejou o crime com a ajuda da namorada virtual. Os dois foram apreendidos por determinação da Vara da Infância de Itaperuna.

Eles mantinham um relacionamento virtual há cerca de seis anos e se conheceram através de um jogo online.

Após investigações sobre o caso, ficou constatado que a menor participou do crime desde o planejamento à execução, induzindo e instigando o menor a todo o momento.

“Conseguimos mostrar a premeditação, os atos preparatórios, o planejamento em si e os atos executórios”, disse Carlos Augusto Guimarães ao O Globo.
Em conversas trocadas pelos os adolescentes, a polícia identificou também que os dois discutiam como cometeriam os assassinatos, se com arma de fogo ou faca, e definiam ainda a possível ordem das mortes.

A menor teria dado um ultimato ao namorado do Rio de Janeiro, dizendo que terminaria o relacionamento caso eles não se encontrassem pessoalmente.

Ainda conforme informado pelo delegado, durante a execução do crime, ela queria saber detalhes do que estava acontecendo.

“Isso mostra o sadismo da adolescente”, afirmou.

Após cometer o crime, o menor passou a fazer pesquisar sobre como sacar FGTS de mortos e planejava vender a casa da família por R$300 mil, além de um carro por R$60 mil.

Ele planejava ainda vir a Mato Grosso para matar os pais da namorada. 

O crime

No dia 21 de junho o adolescente de 14 anos matou o pai, de 45 anos; a mãe, de 37 anos e o irmão de 3 anos. Para mata-los, ele usou uma arma de fogo que havia em casa.

Após cometer o crime, o menino espalhou um produto químico no chão e arrastou os corpos até uma cisterna da casa, onde jogou os cadáveres.

Nos dias seguintes, parentes passaram a perguntar pelos pais e irmão do adolescente e chegaram a comunicar o desaparecimento à polícia.

Quatro dias depois, policiais foram até à casa do menino para realizar uma perícia e encontraram os corpos.

O menino confessou o crime e disse que assassinou a família porque os pais eram contra o relacionamento virtual que ele mantinha com a adolescente de Mato Grosso. Em clara demonstração de frieza, ele disse que não estava arrependido e que faria tudo de novo se fosse preciso.