VejaRO

VejaRO

MPRO leva casal de ex-líderes religiosos a júri por tentativa de feminicídio em Porto Velho
A violência doméstica pode acontecer em qualquer ambiente, inclusive entre pessoas que praticam religião

Por Redação
Publicado Ontem, às 08h

Foto: Assessoria

Porto Velho, RO - O Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio da 37ª Promotoria de Justiça, vai levar a júri um casal acusado de tentativa de feminicídio, em Porto Velho. Segundo a denúncia, os dois agiram juntos, usando uma faca para atacar a vítima, que é ex-companheira de um dos acusados.

O crime aconteceu dentro de casa, na frente do filho da vítima, um bebê de 9 meses. A tentativa de feminicídio foi interrompida pela chegada da Polícia Militar, que impediu a morte.

Os acusados, que são líderes de uma denominação religiosa, planejaram o crime e se aproveitaram da relação familiar para surpreender a vítima. A mulher foi atingida por várias facadas nas mãos. A ação foi considerada cruel, pois dificultou a defesa da vítima. A presença do bebê no momento do ataque também foi destacada como agravante.

Polícia impediu o desfecho fatal

A Polícia Militar chegou ao local durante o ataque e conseguiu evitar que a vítima fosse morta. Os dois acusados foram presos em flagrante e permaneceram detidos durante todo o processo. O MPRO pediu que eles não tenham o direito de recorrer em liberdade, pois as razões que justificaram a prisão continuam válidas.

Réus serão julgados por tentativa de feminicídio

Com base nas provas reunidas, o MPRO conseguiu que os réus fossem levados a júri popular. O crime é tratado como tentativa de feminicídio, que é quando alguém tenta matar uma mulher motivado pela condição de gênero, que se manifesta por violência doméstica, familiar, menosprezo ou discriminação à mulher.

A promotora de Justiça Joice Gushy Mota Azevedo, da 37ª Promotoria de Justiça de Porto Velho, responsável pela condução de casos que envolvem Violência Doméstica, destacou que a tentativa de feminicídio que vai levar o casal a júri popular mostra que a violência doméstica pode acontecer em qualquer ambiente, inclusive entre pessoas que praticam religião.

“Não se trata de destacar a função ou crença dos acusados, mas de alertar a sociedade de que esse tipo de crime não escolhe lugar, classe social ou prática religiosa. É preciso entender que o respeito e a segurança das mulheres devem ser garantidos em todos os espaços e que a justiça está atenta para proteger quem sofre esse tipo de violência”, reforça Joice.

Gostou do conteúdo que você acessou? Quer saber mais? Faça parte do nosso grupo de notícias!
Para fazer parte acesse o link para entrar no grupo do WhatsApp:

Fonte: MP/RO

Aviso Este site acompanha casos policiais. Todos os conduzidos e/ou envolvidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens e emitir algum juízo de valor.